O rapaz desatento
volta a escrever
seus pequenos versos.
Os dois sorriem
a um ano que passa,
aos outros anos que vêm.
Noite. Chuvinha caindo.
E a tevê os vê
juntinhos dormindo!
Cinco e vinte da manhã -
A moça levanta
e desperta o dorminhoco.
Muito frio lá fora.
Dois corpos se encobrem
para ter calor.
Que moça bondosa!
Mesmo sob frio e chuva,
cuida do tolo ferido.
Ela conta e ri muito
dos furos que já fez
em olhos de peixe.
São cores de Monet
que pintam o céu
dessa manhã de outono.
Eles vêem o céu
na noite após a hora
de descanso deles.
Raio ou explosão?
Não sei, só sei
dos risos após o susto.
O rapaz ajoelhado
estende o coração
na mão desenhado.
Ó Deus do Céu!
Proteja essa moça
medrosa que corre agora!
Pingos de chuva caindo
no carro e o moço
sentado, dormindo.
As flores falam
à moça mais linda:
- Feliz Aniversário!
O chefe já voltou,
e o rapaz continua
escrevendo poemas.
Hoje não tem chefe
pra ver os poemas feitos
pra moça namorada.
Vi, muito engraçado,
a moça que treme
ao ver o gato folgado.
Enquanto o gato ronca,
eles se escondem
e brincam contentes.
Sob um céu sem nuvens,
eles limpam os vestígios
do crime inocente.
Noite de calor -
Dois corpos suando
e um mosquito zumbindo.
Só a lua que vê:
O calor que o rapaz sente
pela mão da moça.
Noite calorenta.
O sapato finda
a audácia da barata.
Que pena! Fim das férias.
A moça tropeça,
machucando a cabeça.
É Dia de Reis -
No escuro do dia,
a caneca banha o rei.
Dia Um, Dia da Paz.
O casal dança lento,
juntinho e em paz.